Duas histórias de crianças que eu relembro com prazer.
Flávia
Flávia tinha dois anos, no máximo, e falava tudo. Aprendeu
muito cedo a dizer seu nome. E eu exibia essa facilidade, com um toque pessoal.
- Flávia, diz seu nome para esses tios.
Ela não titubeava: - Flávia
Viana Ribeiro.”
Era a deixa que eu precisava:
- O nome todo, completo.
E ela, compenetrada, respondia:
- Flávia Viana Ribeiro
Gostosinha do Papai.
Até hoje, passados tantos anos, eu sorrio quando lembro
desses momentos.
Fabiana
Fabiana, quatro anos mais nova, passou a ser o xodó de
todos, incluindo Flávia. Quando tinha seus dez, onze anos, exibia o pai para as
amigas. Por essa época, eu ainda circulava nas quadras de futebol de salão com
alguma desenvoltura. Em dias de jogos contra equipes de outros condomínios, ela
sempre aparecia e pedia um gol especial para ela.
Na quadra, com esse estímulo, eu não sossegava enquanto não
marcava o ‘seu’ gol, normalmente de calcanhar, ou de letra (desculpem a
imodéstia). Olhava para ela, que, cercada pelas amigas, sorria e mandava um beijo.
Fabiana era assim.
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