Ao encerrar esse saudável exercício de exposição de ideias
estimulado pelo período eleitoral, fica evidente, para mim, como é gostoso
votar, especialmente para eleger o presidente do nosso País, assim, com pê
maiúsculo.
Minha geração sofreu os desmandos de um período que nos
reduziu como cidadãos, ao tutelar o direito mais significativo de uma Nação
democrática. Até alcançar novamente a atribuição de escolher, diretamente, o
ocupante do posto mais alto da República, passaram-se anos de resistência, de
luta.
Ainda lembro com emoção o comício das ‘Diretas Já’, do qual
participei entusiasticamente. Elas, as ‘diretas’, não vieram naquele momento,
mas se tornaram irreversíveis. Lastimavelmente, escolhemos o homem errado. Mas
a democracia é construída assim mesmo, com erros e acertos, debates, troca de
experiências.
Independentemente do resultado de hoje, é fundamental que
todos nós não nos esqueçamos que o Brasil continua aí, amanhã. E que o próximo
governante, queiramos, ou não, será de todos nós. Com uma enorme vantagem sobre
aqueles que tivemos ao longo de duas décadas: será eleito pelo povo.
O que não impedirá - de forma alguma - o ainda mas fundamental exercício da crítica, que continuará a ser feita, também independentemente do eleito.
Nenhum comentário:
Postar um comentário