domingo, 26 de outubro de 2014

O prazer de votar

     Ao encerrar esse saudável exercício de exposição de ideias estimulado pelo período eleitoral, fica evidente, para mim, como é gostoso votar, especialmente para eleger o presidente do nosso País, assim, com pê maiúsculo.
     Minha geração sofreu os desmandos de um período que nos reduziu como cidadãos, ao tutelar o direito mais significativo de uma Nação democrática. Até alcançar novamente a atribuição de escolher, diretamente, o ocupante do posto mais alto da República, passaram-se anos de resistência, de luta.
     Ainda lembro com emoção o comício das ‘Diretas Já’, do qual participei entusiasticamente. Elas, as ‘diretas’, não vieram naquele momento, mas se tornaram irreversíveis. Lastimavelmente, escolhemos o homem errado. Mas a democracia é construída assim mesmo, com erros e acertos, debates, troca de experiências.
     Independentemente do resultado de hoje, é fundamental que todos nós não nos esqueçamos que o Brasil continua aí, amanhã. E que o próximo governante, queiramos, ou não, será de todos nós. Com uma enorme vantagem sobre aqueles que tivemos ao longo de duas décadas: será eleito pelo povo.
     O que não impedirá - de forma alguma - o ainda mas fundamental exercício da crítica, que continuará a ser feita, também independentemente do eleito.

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