“Outro tema que muito se falou é a questão de
cartel. Espero que possamos aprofundar esse debate. Não há nada mais
cartelizado no mundo do que a questão do petróleo. Nenhuma agência de risco,
economista conseguiu prever a queda do preço do barril do petróleo. Há uma ação
geopolítica de interesses muito fortes no qual Petrobras é muito importante
nisso tudo”.
A declaração acima foi perpetrada pelo relator da CPI que, teoricamente, vai apurar a roubalheira petista e de assemelhados na Petrobras, deputado Luiz Sérgio, do PT do Rio de Janeiro. Já podemos, desde agora, antever o que esse senhor irá fazer. Notem bem: ele já começa falando de cartel, de ação geopolítica. Certamente está colocando em prática o projeto destinado a enterrar a investigação, através do desvio de caminhos.
Ninguém, com um mínimo de discernimento, desconhece que há
manobras, sim, no mundo da economia global, luta de interesses, golpes abaixo
da linha da cintura. Nada disso é novidade. A questão não é essa, e esse
deputado sabe. O Brasil quer saber quem roubou e a mando de quem. Simples
assim.
Não interessa que as doações feitas pelas empreiteiras
amigas tenham sido realizadas ‘dentro da lei’, com recibo. O problema é outro,
e esse deputado sabe, sim. As doações ‘legais’ foram feitas com dinheiro
roubado, através de um esquema protagonizado pelas lideranças petistas, segundo
quase uma dúzia de delações que serão premiadas com penas mais brandas para os
delatores.
Aliás, o senhor Juiz Sérgio deveria ter se declarado
impedido de aceitar a indicação, pois admitiu que sua campanha foi irrigada com
dinheiro dos quadrilheiros empresariais. “Mas foram doações formais, declaradas”,
argumentam alguns vagabundos retóricos. Mais uma vez: o dinheiro doado
legalmente era fruto de um assalto institucional aos cofres públicos.
No caso do PT, pelo menos US$ 200 milhões originaram-se
desse assalto que, em tese, estaria imune a investigações, ao contrário do que
aconteceu no Mensalão do Governo Lula, até então o maior roubo já ocorrido no
país. A bandidagem não imaginava que o golpe seria desvendado por um juiz do
Paraná, quase por acaso, graças às confidências do doleiro petista, o homem
encarregado de fazer o meio de campo, administrar a roubalheira.
Ele, Luiz Sérgio, sabe de tudo isso. Assim como o
ex-presidente Lula e a presidente Dilma Rousseff e seus acólitos. Tudo o mais é
mero exercício diversionista, cortina de fumaça. Não há chance de esse escândalo
estratosférico cair na vala comum. Não há exército sem-terra que impeça o
andamento das investigações e os consequentes julgamentos.
A época das bravatas e da pilantragem de Lula e seus
assemelhados já passou. Há uma expectativa imensa na sociedade, que quer, sim,
que as investigações cheguem ao âmago da questão, aos grandes responsáveis por
mais essa agressão à dignidade do País.
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