O Jornal Nacional de hoje exibiu algumas
faces deletérias do esquema de poder que vem se apropriando das riquezas e
devastando a dignidade do país. Se alguém minimamente decente tivesse alguma
dúvida quanto à dimensão do assalto institucionalizado há doze anos, bastaria
ver e ouvir as entrevistas de dois dos mais lídimos representantes desse lixo ‘ideológico’
representado, hoje, pelo PT e seus asseclas na empreitada de dilapidar nosso patrimônio
para garantir a perpetuação no poder.
Com a
desfaçatez que lhe é própria, o presidente do PT, Rui Falcão (eu diria que está
mais para ‘abutre’), teve a ousadia de ameaçar um dos delatores do esquema de
assalto à Petrobras, acusando-o de estar manchando a imagem do partido, sem
provas, pois todas as doações recebidas pela agremiação foram legais e
aprovadas pela Justiça.
Essa
vigarice retórica já é resultado da tática que a companheirada vai explorar
sistematicamente, apostando na falta de informação da população, na sua
dificuldade em compreender os mecanismos empregados nessa mais recente
canalhice protagonizada pelo PT.
Ele, é
evidente, sabe muito bem que ninguém está discutindo se as doações foram feitas
oficialmente, ou não. Elas foram feitas abertamente, sim, ao contrário da roubalheira
anterior, a do Mensalão do Governo Lula. A questão jamais foi essa. O golpe,
que essa gente imaginava perfeito, passava justamente pela formalização das
doações. O dinheiro saía dos cofres das empreiteiras e abastecia as contas petistas
e assemelhadas. Só que era um dinheiro roubado.
Os gênios petistas,
ressabiados com os resultados do Mensalão, imaginaram uma fórmula que, em tese,
não seria detectada: a empresa contratada pela Petrobras apresentava seu preço
real por um serviço e, em cima dele, os canalhas colocavam a taxa petista. A empresa pagava o
preço ‘cheio’ e repassava a diferença - o roubo !!! - ao PT e assemelhados, na forma de doação
legal. Simples assim.
O esquema funcionou
nos últimos anos, garantindo quantias fabulosas aos empresários, partidos e políticos da ‘base
governista’, além de forrar os bolsos dos intermediários. Essa gente não contava,
entretanto, com um juiz digno, determinado a apurar seriamente as pilantragens que
começaram a chegar ao seu conhecimento, quase por acaso. A Operação Lava-Jato,
a princípio, não se destinava a apurar a petrorroubalheira. Foi um bônus,
alimentado, como sempre, por delações de dentro do esquema. Bandidos
denunciando bandidos, para escapar da cadeia, como nas velhas histórias da máfia.
Não há como
escapar dessa realidade. Não há marqueteiro que consiga reverter esse processo.
As provas já estão coletadas e aumentam a cada dia, a cada novo delator. E não
há mais espaço para negaças, artifícios, ilusionismos. O dinheiro roubado da
Petrobras ajudou a eleger Dilma Rousseff duas vezes, com a aquiescência dos
donos do partido hegemônico, sob a coordenação do seu (deles, petistas é claro!)
tesoureiro. Tudo o mais é pura vigarice retórica, especialidade da ‘casa’.
Já ia terminando
sem citar o outro personagem deletério que se apresentou, no JN, em nome do PT:
trata-se do deputado federal cearense José Guimarães, atual ‘líder’ da bancada
na Câmara. Ele foi o escalado para defender seu partido. Logo ele, que em 2005,
quando era deputado estadual, esteve envolvido em um escândalo paralelo ao
Mensalão: um de seus assessores diretos foi apanhado com uma fortuna escondida
na cueca. Dinheiro ‘não contabilizado’ destinado – a julgar pelo noticiário da
época – ao partido. Um José irmão de outro José, o Genoíno, condenado à prisão
na leva que englobou, ainda, outro José, o Dirceu, apontado como chefe da
roubalheira nos tempos de Lula.
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