Além de
devassos, patéticos. É incrível como personagens de tamanho destaque na vida
nacional não têm um mínimo de compostura, de humildade, um traço que seja de
dignidade. As declarações da atual presidente, Dilma Rousseff e do seu antecessor,
Luiz Inácio Lula da Silva, durante as ‘comemorações’ pelos 35 anos de fundação
do PT, ultrapassaram todos os limites. No dia em que o país é agredido pela
notícia do desvio de US$ 200 milhões, perpetrado justamente pelo tesoureiro do
partido, seus dois maiores representantes repetiram um discurso vagabundo,
acusando a parcela decente do país de estar tentando um golpe.
Jogaram no
lixo, mais uma vez, a oportunidade de demonstrar algum respeito pelo país. É
evidente que não sou ingênuo a ponto de imaginar que Dilma e Lula admitissem a gigantesca
roubalheira que está em curso no país. Mas exercitar justamente o contrário,
explorando a tese de que tudo não passa de um projeto das ‘elites’, só
explicita a dimensão da falta de decência que vem marcando a vida nacional nos
últimos doze anos.
Assim como
fizeram com os bandoleiros condenados no episódio do Mensalão, as principais
lideranças petistas defendem os atuais quadrilheiros, atacam a Justiça e demonizam
a imprensa livre e independente, que nada mais faz do que cumprir seu papel de
dar voz à indignação dos homens e mulheres dignos e expor as mazelas de um
esquema de poder putrefato, corrupto e corruptor.
Não consigo enxergar, no horizonte, possibilidades de o país conviver com o lamaçal que escorre do poder central. Essa gente precisa aprender, de uma vez por todas, que não há bem maior do que o exercício da retidão. Precisa ser compelida a aceitar as regras impostas pela Lei. A sociedade precisa dar uma resposta dura e inequívoca a esses transgressores. É o que espero da Justiça.
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