A cada dia,
a cada notícia, a cada revelação de um novo crime, mais aumenta meu desprezo
por essa quadrilha que está instalada no poder há doze anos. Em tese, o exemplo
nefasto do Mensalão do Governo Lula – o maior escândalo da vida pública
brasileira até então – deveria ter servido, no mínimo, de freio nas insanidades,
de advertência. Afinal, a cúpula petista, excluindo apenas o chefe geral, foi
parar na cadeia, desmoralizada definitivamente. Além disso, por muito pouco não
tivemos o merecido impeachment do ex-presidente, envolvido diretamente em atos
desprezíveis.
Não foi o
que aconteceu. Ao invés de assumirem uma conduta minimamente digna, os atuais
detentores do poder a qualquer preço enveredaram por caminhos ainda mais
vagabundos, espoliando a principal empresa brasileira para sustentar seus luxos
particulares e a estrutura ‘política’ que garantiu a eleição e a posterior
reeleição da atual presidente do país, ambas regadas a propina.
Flagrados
com as mãos imundas nos cofres públicos quando do Mensalão, os articuladores e
pensadores petistas optaram não por um ato de contrição, mas pela criação de um
esquema de assalto que evitaria a descoberta de suas falcatruas, mascarando a roubalheira. O estupro da Petrobras foi o resultado dessa nova fase do assalto petista e de
seus assemelhados aos bens do País. De uma maneira que imaginavam ‘engenhosa’, camuflaram o roubo,
transformando-o em doações legais, com a parceria de empresas e empresários
gananciosos.
Como em
todas as ocasiões anteriores em que foram pegos em atitudes criminosas, a
sujeira foi exposta por seus próprios asseclas, pelos mais diversos motivos.
Sem saída, petistas e afins apelaram, como no passado, para estratégias de marqueteiros,
compra de alguns teclados e em maciços investimentos em publicidade. E no
silêncio aterrador da principal mandatária desse país, escorado, também, em
manobras paralelas, chantagens explícitas e implícitas. Tudo no estilo que
consagrou o maior líder dessa lastimável era da vida nacional.
O primeiro
alvo foi o juiz encarregado das investigações, o paranaense Sérgio Moro, vítima
de ataques das falanges petistas. Não deu certo. Moro continuou impávido na sua
linha de investigação e os fatos mais vergonhosos da nossa história recente começaram
a brotar das páginas de interrogatórios e delações premiadas. Suborno,
corrupção, corruptos e corruptores foram sendo divulgados, atingindo
profundamente a base governamental, como era de se esperar.
De um
momento para outro, o impeachment da presidente Dilma Rousseff passou a ser
algo plausível, sim, pela proximidade com o atropelo à lei. E essa realidade
detonou um processo ainda maior destinado a esvaziar as investigações, afundá-las
no lodaçal comum dos malfeitos, com a participação direta – provou-se agora –
do vergonhoso ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, o mais desqualificado,
vicioso e medíocre de toda a vida republicana, alvo de manchetes nos principais
veículos de comunicação.
É evidente
que Cardozo não agiu por iniciativa própria, ao interferir nas investigações da
Operação Java-Jato, combinando estratégias com os advogados das empresas
envolvidas no escândalo, como divulgaram Veja e a Folha de São Paulo, em especial.
Aliás, esse personagem jamais teve luz própria. Foi sempre um parasita, grudado
aos poderosos, extraindo deles a seiva que o mantém vivo e em evidência.
O
ex-presidente do STF, Joaquim Barbosa, foi direto, ao exigir a demissão imediata
desse lastimável ministro, por interferência em um processo criminal. É pouco.
Um país que se propõe digno não pode conviver com um governo que age dessa
maneira, atropelando a dignidade da Nação.
Chega dessa gente!
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