domingo, 15 de fevereiro de 2015

Chega dessa gente!

     A cada dia, a cada notícia, a cada revelação de um novo crime, mais aumenta meu desprezo por essa quadrilha que está instalada no poder há doze anos. Em tese, o exemplo nefasto do Mensalão do Governo Lula – o maior escândalo da vida pública brasileira até então – deveria ter servido, no mínimo, de freio nas insanidades, de advertência. Afinal, a cúpula petista, excluindo apenas o chefe geral, foi parar na cadeia, desmoralizada definitivamente. Além disso, por muito pouco não tivemos o merecido impeachment do ex-presidente, envolvido diretamente em atos desprezíveis.
     Não foi o que aconteceu. Ao invés de assumirem uma conduta minimamente digna, os atuais detentores do poder a qualquer preço enveredaram por caminhos ainda mais vagabundos, espoliando a principal empresa brasileira para sustentar seus luxos particulares e a estrutura ‘política’ que garantiu a eleição e a posterior reeleição da atual presidente do país, ambas regadas a propina.
     Flagrados com as mãos imundas nos cofres públicos quando do Mensalão, os articuladores e pensadores petistas optaram não por um ato de contrição, mas pela criação de um esquema de assalto que evitaria a descoberta de suas falcatruas, mascarando a roubalheira. O estupro da Petrobras foi o resultado dessa nova fase do assalto petista e de seus assemelhados aos bens do País. De uma maneira que imaginavam ‘engenhosa’, camuflaram o roubo, transformando-o em doações legais, com a parceria de empresas e empresários gananciosos.
     Como em todas as ocasiões anteriores em que foram pegos em atitudes criminosas, a sujeira foi exposta por seus próprios asseclas, pelos mais diversos motivos. Sem saída, petistas e afins apelaram, como no passado, para estratégias de marqueteiros, compra de alguns teclados e em maciços investimentos em publicidade. E no silêncio aterrador da principal mandatária desse país, escorado, também, em manobras paralelas, chantagens explícitas e implícitas. Tudo no estilo que consagrou o maior líder dessa lastimável era da vida nacional.
     O primeiro alvo foi o juiz encarregado das investigações, o paranaense Sérgio Moro, vítima de ataques das falanges petistas. Não deu certo. Moro continuou impávido na sua linha de investigação e os fatos mais vergonhosos da nossa história recente começaram a brotar das páginas de interrogatórios e delações premiadas. Suborno, corrupção, corruptos e corruptores foram sendo divulgados, atingindo profundamente a base governamental, como era de se esperar.
     De um momento para outro, o impeachment da presidente Dilma Rousseff passou a ser algo plausível, sim, pela proximidade com o atropelo à lei. E essa realidade detonou um processo ainda maior destinado a esvaziar as investigações, afundá-las no lodaçal comum dos malfeitos, com a participação direta – provou-se agora – do vergonhoso ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, o mais desqualificado, vicioso e medíocre de toda a vida republicana, alvo de manchetes nos principais veículos de comunicação.
     É evidente que Cardozo não agiu por iniciativa própria, ao interferir nas investigações da Operação Java-Jato, combinando estratégias com os advogados das empresas envolvidas no escândalo, como divulgaram Veja e a Folha de São Paulo, em especial. Aliás, esse personagem jamais teve luz própria. Foi sempre um parasita, grudado aos poderosos, extraindo deles a seiva que o mantém vivo e em evidência.
     O ex-presidente do STF, Joaquim Barbosa, foi direto, ao exigir a demissão imediata desse lastimável ministro, por interferência em um processo criminal. É pouco. Um país que se propõe digno não pode conviver com um governo que age dessa maneira, atropelando a dignidade da Nação.
     Chega dessa gente!




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