sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

Chega!

     Acreditem: ainda há quem, embora individualmente digno, encontre forças para, de alguma maneira, defender os atuais detentores do poder. Pessoas que buscam explicações, comparações, mesmo sendo atropeladas pela avassaladora constatação de que jamais houve, no país, algo sequer próximo da devassidão em que estamos mergulhados. E isso me constrange, profundamente.
     É difícil entender o que leva um determinado grupo de pessoas a ignorar as enormes evidências de que somos governados por uma quadrilha determinada a tudo para se manter no poder. Nós, como nação, somos agredidos diariamente pelo volume de notícias dando conta da dimensão do assalto institucional aos cofres e à dignidade do país. São números e informações inimagináveis, todos partindo de dentro do esquema, dos intestinos dessa engrenagem espúria instalada em todos os escalões da República.
     O governo está podre. Esse projeto de dominação, baseado na mentira, na manipulação da miséria, na exploração da ignorância, no desrespeito à civilidade, chegou à exaustão. Não é mais possível conviver com esses descalabros, com criminosos travestidos de seres políticos. Não há outro caminho para o Brasil a não ser o do expurgo dessa geração desqualificada que assumiu o poder há 12 anos.
     Graças a um judiciário ainda não inteiramente dominado e à presença de uma imprensa livre e independente, as chances de interrompermos essa quadra lastimável da nossa história são bem acentuadas. O excelente trabalho que vem sendo desenvolvido pelo juiz federal Sérgio Moro e pela Polícia Federal está conseguindo fechar o cerco em torno do bando de degenerados que tenta se apossar do país em definitivo, usando todos os meios que a sua falta de escrúpulos oferece.
     Embora alguns insistam na tese desesperada de que há um ‘golpe’ em marcha (enquanto discutem sobre dar, ou não, 'vivas' ao tesoureiro acusado de corrupção), ela não se sustenta. Afunda ante às constatações da dimensão das afrontas à Lei, que deve ser, por óbvio, igual para todos. O fato de um criminoso ocupar um lugar de destaque na sociedade não deve ser visto como um atenuante. Ao contrário. É um agravante. Quanto maior o poder, mais dura deve ser a penalidade.

     Chega de delúbios, vaccaris, dirceus, lulas, dilmas e assemelhados. 

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