Acreditem:
ainda há quem, embora individualmente digno, encontre forças para, de alguma
maneira, defender os atuais detentores do poder. Pessoas que buscam
explicações, comparações, mesmo sendo atropeladas pela avassaladora constatação
de que jamais houve, no país, algo sequer próximo da devassidão em que estamos
mergulhados. E isso me constrange, profundamente.
É difícil
entender o que leva um determinado grupo de pessoas a ignorar as enormes
evidências de que somos governados por uma quadrilha determinada a tudo para se
manter no poder. Nós, como nação, somos agredidos diariamente pelo volume de
notícias dando conta da dimensão do assalto institucional aos cofres e à
dignidade do país. São números e informações inimagináveis, todos partindo de
dentro do esquema, dos intestinos dessa engrenagem espúria instalada em todos
os escalões da República.
O governo
está podre. Esse projeto de dominação, baseado na mentira, na manipulação da
miséria, na exploração da ignorância, no desrespeito à civilidade, chegou à
exaustão. Não é mais possível conviver com esses descalabros, com criminosos
travestidos de seres políticos. Não há outro caminho para o Brasil a não ser o
do expurgo dessa geração desqualificada que assumiu o poder há 12 anos.
Graças a um
judiciário ainda não inteiramente dominado e à presença de uma imprensa livre e
independente, as chances de interrompermos essa quadra lastimável da nossa
história são bem acentuadas. O excelente trabalho que vem sendo desenvolvido
pelo juiz federal Sérgio Moro e pela Polícia Federal está conseguindo fechar o
cerco em torno do bando de degenerados que tenta se apossar do país em
definitivo, usando todos os meios que a sua falta de escrúpulos oferece.
Embora
alguns insistam na tese desesperada de que há um ‘golpe’ em marcha (enquanto discutem sobre dar, ou não, 'vivas' ao tesoureiro acusado de corrupção), ela não se
sustenta. Afunda ante às constatações da dimensão das afrontas à Lei, que deve
ser, por óbvio, igual para todos. O fato de um criminoso ocupar um lugar de
destaque na sociedade não deve ser visto como um atenuante. Ao contrário. É um
agravante. Quanto maior o poder, mais dura deve ser a penalidade.
Chega de
delúbios, vaccaris, dirceus, lulas, dilmas e assemelhados.
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