Não resta
dúvida sobre o conteúdo devastador das esperadas revelações do empresário
Ricardo Pessoa, presidente da empreiteira UTC, preso em Curitiba e acusado de
liderar o grupo de empresas que se aliou ao PT e demais asseclas para
dilapidar o patrimônio da Petrobras. O ‘aperitivo’, publicado pela revista Veja e repercutido por diversos jornais,
aponta irreversivelmente para o impeachment ou para a simples cassação da
presidente Dilma Rousseff.
São fatos
que, em condições normais, sob governos íntegros, seriam capazes de estarrecer.
No caso brasileiro, não surpreendem sequer os mais crédulos, desde que
minimamente decentes. As tramoias descritas superficialmente pelo empresário,
em material enviado à revista, já eram adivinhadas, esperadas, aguardadas,
sabidas. Talvez faltasse, apenas, algo ou alguém que ‘arredondasse’ as
evidências, amarrasse a quadrilha, definisse e nomeasse os crápulas.
Não falta
mais nada. Mesmo que o empresário em questão recue da decisão de delatar os
verdadeiros responsáveis pela devassidão que corrompe o país, restarão as
evidências dos atos ilícitos, expostas pelos demais quadrilheiros que
conseguiram o benefício da delação premiada.
Pela
proeminência do candidato a delator, entretanto, suas informações formais,
aceitas e checadas pela Justiça, seriam fundamentais. Afinal, ele é apontado
como o líder do grupo de empresários corruptos que se uniu aos bandoleiros do
partido oficial. Alguém com ampla penetração nos círculos governistas,
frequentador de palácios e assemelhados, amigo de antigos e novos poderosos
dessa lastimável mistura das Eras Lula e Dilma.
Esse
potencial devastador, apontado com clareza na reportagem de capa de Veja que
chegou hoje às bancas, explica toda a movimentação dos círculos do poder, a
desclassificada entrevista de uma desmoralizada presidente Dilma; a pilantragem
oficializada nos corredores e gabinetes do Ministério da Justiça, ‘liderado’
pelo cada vez mais deplorável José Eduardo Cardozo; e a intensa movimentação
nos ‘bastidores’ do mais abjeto político que ocupou a presidência do nosso
infelicitado país.
A série de
desatinos cometidos ao longo dos últimos doze anos revela-se superior aos
prognósticos mais obscuros. Ao Mensalão do Governo Lula (um esquema deletério empregado
para comprar a ‘fidelidade’ dos componentes da ‘base’), seguiram-se outros escândalos
de menor porte (compra de dossiês falsos contra adversários; desvio de
dinheiro; venda de ‘prestígio’; financiamento de amantes; sete ministros
demitidos), mas indicativos do grau de depravação dos atuais detentores do
poder.
A
descoberta, por acaso, do estupro da Petrobras apenas consolida o que os fatos
indicavam: não há limites para a devassidão desse grupo que chegou ao poder
graças ao vigor do regime democrático. Regime que, por palavras e atos, tentam
destruir, a qualquer preço.
São
personagens desprezíveis, pequenos, vagabundos, que exploram a miséria e a
ignorância da grande parcela da população que fingem defender. Na verdade – e os
fatos demonstram essa assertiva -, seu único objetivo é a perpetuação no
comando do país, para dilapidar seu patrimônio, em benefício próprio.
São meros
quadrilheiros, cuja tática se assemelha à empregada pelos bandos de milicianos e/ou
traficantes que dominam as regiões carentes das grandes cidades, Rio em especial.
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