sexta-feira, 5 de setembro de 2014

Conta tudo, Paulo!!!

     Três governadores, seis senadores e duas dúzias de deputados federais, além de uma penca de partidos liderados - é evidente! - pelo PT. Segundo o que anuncia a revista Veja, todos esses elementos chafurdavam na lama que escorre dos escândalos da Petrobras, nossa maior empresa, e foram indicados à Polícia Federal pelo ex-diretor da estatal, Paulo Roberto Costa, na delação premiada que pode assumir proporções devastadoras para a quadrilha que vem se apossando do país há 12 anos.
     Os números da roubalheira - alguns bilhões de reais!!! - têm tudo para transformar o Mensalão do Governo Lula em uma inocente vigarice. Os personagens, no entanto, fazem parte do mesmo bloco de assaltantes e orbitam na atmosfera dos criminosos condenados Pelo Supremo Tribunal Federal, a tal "quadrilha" que ameaçava as instituições e que foi apontada pelo ex-presidente do Supremo, Joaquim Barbosa.
     A se confirmarem as 'suspeitas', será ainda mais difícil para a candidata Dilma Rousseff insistir na tese do desconhecimento. Ao contrário do que aconteceu e continua acontecendo com o ex-presidente Lula, que vem conseguindo sair incólume de uma série inesgotável de 'malfeitos' graças ao seu inegável carisma, Dilma Rousseff provavelmente não resistiria a mais um mergulho do lodaçal que ameaça afogar seu governo desde os primeiros tempos.
     Lula, apesar de ter se envolvido diretamente com o esquema de roubalheira do Mensalão (estava na mesma casa e no mesmo momento, por exemplo, onde houve o repasse de R$ 6 milhões para o Partido Liberal), conseguiu ficar livre das acusações, reelegeu-se e elegeu a sucessora. A atual mandatária, entretanto, já vinha mostrando sinais irreversíveis de decadência, agravados recentemente com a entrada da ex-senadora Marina Silva na corrida presidencial.
     O sucateamento dos recursos e da dignidade da Petrobras atingiram diretamente o atual esquema de poder. As novas denúncias podem se transformar em uma enorme onda e afogar de vez o que resta de esperança no Partido dos Trabalhadores, cada vez mais identificado com 'tenebrosas transações', como diria um quase aposentado compositor.
     Conta tudo, Paulo Roberto. O País decente ficará eternamente grato.

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