Por mais que eu tente encontrar explicações – psicológicas,
emocionais e assemelhadas -, não consigo, mesmo, entender como alguém decente,
digno e com alguma visão sobre cidadania pode considerar manter o apoio aos
representantes dessa quadrilha que se instalou no poder há quase doze anos e que,
a cada dia, mais nos envergonha como Nação.
Que parte da sociedade é essa que se mantém imune aos
desmandos, roubalheiras, desvios de conduta, falha de caráter, estupidez,
proselitismo e populismo vagabundo professados pelo partido hegemônico (não, o
PMDB é um mero proxeneta político) e seus seguidores? Há, eu sei, um
considerável percentual de desinformados, ignorantes, pessoas simples que
raciocinam com base nas necessidades imediatas, o que é compreensível, embora
lastimável.
Essa parcela movida a bolsas reage com o estômago, com a lógica
do assistido. E, não por acaso, vem sendo mantida na dependência física e
emocional, bombardeada por discursos deletérios, mentiras e a detestável
demagogia de líderes que não se envergonham do reducionismo de seus discursos,
do desrespeito explícito que demonstram ao explorar a miséria e a ignorância
daqueles que garantem defender.
Num passado não tão distante, essa massa de miseráveis era
manipulada pelo ‘coronel’ da região, movimentando-se ao sabor do volume de
distribuição de dentaduras, alijada dos serviços que tornariam essa ‘prática política’
superada. As dentaduras foram substituídas por outro tipo de benefício, mas a
essência continua imutável, preservando-se os currais eleitorais de onde jorram
os votos que perpetuam nossos abismos sociais.
O alcance do estelionato ‘político’ perpetrado por essa
legião que se propõe ‘de esquerda’, no entanto, ultrapassa as fronteiras da
miséria. Apesar de confrontada pelos maiores escândalos da história republicana
brasileira, uma parcela razoável dos formadores de opinião – pessoas com um
grau de informação e formação acima da média sofrível da população – fecha os
olhos à realidade, ignora as evidências, desculpa (ou tenta explicar) atos absolutamente
indignos.
A devastação da Petrobras, executada por quadrilheiros a
serviço, em especial, do PT é apenas a face mais recente do descalabro dessa
Era, inexoravelmente marcada pela corrupção mais desenfreada de todos os
tempos. Corrupção em espécie – desvio de verbas, superfaturamentos, roubo – e moral,
com envolvimento pessoal dos principais nomes do grupo dominante. A afinidade com ditadores e terroristas é outra marca dessa quadra sofrível.
Já escrevi, em alguns momentos, que o mal que está sendo
feito ao País é incomensurável. O Brasil, recentemente saído de um período de
exceção e de um momento catastrófico, como o de Fernando Collor, não merecia
ser atingido pelo retrocesso institucional gerado por governantes absolutamente
medíocres e despreparados, como o ex-presidente Lula (o mais nefasto de todos,
pela influência que inegavelmente exerce no imaginário popular) e a atual
governante Dilma Rousseff.
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