A corrida eleitoral para o governo do Estado do Rio de
Janeiro é, quase posso garantir, a de pior qualidade de todos os tempos. Não me
lembro de ter tantas restrições a todos os candidatos, sem exceção. A única
notícia boa, no quadro atual, para mim, é o desempenho pífio do candidato
petista, Lindbergh Farias, o último dos que, de fato, poderiam pensar em algum resultado
significativo.
A outra boa notícia dessa rodada do Ibope contratada pelo
Estadão e pela Rede Globo vem de São Paulo: o candidato petista, o poste da vez
plantado pelo ex-presidente Lula, patina em risíveis 5% das intenções de voto.
A rejeição a seu nome, no entanto, como destaca o jornal, cresceu de 19% para
26%.
Rio e São Paulo, os dois maiores centros do país, estão
conferindo ao PT uma surra daquelas que – como dizia meu pai – ‘criam calo’. O
desastre petista também é enorme no Paraná e deveria estar provocando vergonha
em Brasília, onde o atual governador, Agnelo Queiroz, está sendo sovado pelo
ex-governador José Roberto Arruda(PR), candidato também à cassação de registro
por estar incurso na Lei da Ficha Limpa. E Minas, a disputa entre PSDB e PT
está mais acirrada. Tudo pode acontecer.
Os números da pesquisa também não foram nada agradáveis
para a presidente Dilma Rousseff, que seria derrotada facilmente, em segundo
turno, pela ex-senadora Marina Silva. O candidato do PSDB, Aécio Neves, foi
atropelado por Marina, mas pode – sim! - acabar superando Dilma ao fim da
campanha.
Os sucessivos e recorrentes escândalos no governo central
– em especial na Petrobras -, somados à tal ‘febre marineira’, podem devastar a
reserva da atual presidente, especialmente em áreas com maior influência
religiosa, que tendem a identificar Marina Silva como uma espécie e
missionária, e entre os jovens, que já vinham demonstrando sua insatisfação com
o quadro atual.
Em síntese: Marina Silva só perde essa eleição para ela
mesma.
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