terça-feira, 26 de agosto de 2014

Rio e São Paulo soterram o PT

     A corrida eleitoral para o governo do Estado do Rio de Janeiro é, quase posso garantir, a de pior qualidade de todos os tempos. Não me lembro de ter tantas restrições a todos os candidatos, sem exceção. A única notícia boa, no quadro atual, para mim, é o desempenho pífio do candidato petista, Lindbergh Farias, o último dos que, de fato, poderiam pensar em algum resultado significativo.
     A outra boa notícia dessa rodada do Ibope contratada pelo Estadão e pela Rede Globo vem de São Paulo: o candidato petista, o poste da vez plantado pelo ex-presidente Lula, patina em risíveis 5% das intenções de voto. A rejeição a seu nome, no entanto, como destaca o jornal, cresceu de 19% para 26%.
     Rio e São Paulo, os dois maiores centros do país, estão conferindo ao PT uma surra daquelas que – como dizia meu pai – ‘criam calo’. O desastre petista também é enorme no Paraná e deveria estar provocando vergonha em Brasília, onde o atual governador, Agnelo Queiroz, está sendo sovado pelo ex-governador José Roberto Arruda(PR), candidato também à cassação de registro por estar incurso na Lei da Ficha Limpa. E Minas, a disputa entre PSDB e PT está mais acirrada. Tudo pode acontecer.
     Os números da pesquisa também não foram nada agradáveis para a presidente Dilma Rousseff, que seria derrotada facilmente, em segundo turno, pela ex-senadora Marina Silva. O candidato do PSDB, Aécio Neves, foi atropelado por Marina, mas pode – sim! - acabar superando Dilma ao fim da campanha.
     Os sucessivos e recorrentes escândalos no governo central – em especial na Petrobras -, somados à tal ‘febre marineira’, podem devastar a reserva da atual presidente, especialmente em áreas com maior influência religiosa, que tendem a identificar Marina Silva como uma espécie e missionária, e entre os jovens, que já vinham demonstrando sua insatisfação com o quadro atual.

     Em síntese: Marina Silva só perde essa eleição para ela mesma.

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