Há algumas palavras que deveriam ser banidas do
vocabulário governamental, dos discursos petistas e afins. Dignidade, respeito,
justiça e, em especial, corrupção, derivada direta da ausência padrões éticos e
morais na condução do país. Jamais, em toda a nossa história republicana,
passamos por uma quadra tão devastadora quanto essa que está prestes a
completar doze anos.
A descoberta do esquema espúrio de compra e venda de
apoio que ficou conhecido como Mensalão apenas levantou, de leve, a cortina que
cobria e ainda cobre o maior e mais profundo projeto de assalto do poder
financiado com recursos roubados da Nação, direta (como nos casos da Petrobras
e do uso do Banco do Brasil) e indiretamente, mediante cobrança de propinas de
empresas particulares.
Comparado à devassidão que começa a ser investigada atualmente, o esquema manipulado pela quadrilha julgada e condenada pelo
Supremo Tribunal Federal surge como algo semelhante ao que costumamos designar
de assalto a galinheiro. Não mais do que algo em torno de 150 míseros milhões
de reais. Um roubo tão vagabundo que destinou ao então presidente da Câmara, o
petista paulista João Paulo Cunha, R$ 50 mil, retirados diretamente do caixa
pela mulher do ex-deputado federal.
Pode-se argumentar que o antigo dirigente do PT se
vendeu por pouco, é verdade. Mas quando ficamos sabendo que só um ex-diretor da
Petrobras amealhou R$ 23 milhões em propina, somos obrigados a concluir que a quadrilha
atuante hoje em dia está bem mais sofisticada e ... gananciosa.
Apesar de todos os escândalos, entretanto, nossa
ainda presidente se acha no direito de se insurgir contra os jornais e revistas
que divulgam as bandalheiras, explorando um velho e surrado estratagema de
passar por vítima, de culpar a oposição e as elites, como se não soubesse que
todas – todas, mesmo!!! – as acusações partiram de dentro, do intestino de seu
desgoverno.
Paulo Roberto Costa, para ficarmos apenas no exemplo
mais recente, foi colocado na direção da Petrobras durante o período Lula, com
seu beneplácito, já que ocupou o ministério de Minas e Energia e a presidência
do Conselho da empresa. No Mensalão, a podridão foi espalhada por um comensal
do Planalto, o ex-deputado Roberto Jefferson.
Quando não denunciam, foram e/ou são os aliados e
partícipes do Governo que protagonizaram e/ou encabeçam atos indignos, como nos
casos da descoberta de dólares na cueca de um assessor petista; da compra de
dossiês falsos sobre adversários políticos; da escandalosa relação do
ex-presidente com a chefe de gabinete da Presidência da República em São Paulo;
e outros de menor impacto.
E estou me limitando a delitos formais, incursos no
Código Penal. O mal que vem sendo feito ao País vai além desse assalto
mirabolante aos cofres públicos. A aliança com criminosos internacionais,
ditadores e aprendizes talvez tenha o mesmo peso nesse processo que cada vez
mais nos apequena frente ao mundo digno.
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