segunda-feira, 8 de setembro de 2014

Tudo pode piorar

     Tudo pode ficar pior, muito pior. A roubalheira na Petrobras - apenas a mais recente e duradoura dessa lastimável era sombria que se instalou no Brasil há 12 anos - é, de fato, o grande símbolo da administração petista, marcada por escândalos jamais vistos em toda a nossa história.
     A turma que está no poder inaugurou um novo patamar na arte de assaltar os cofres públicos, algo que não pode ser considerado novidade. O Brasil vem sendo espoliado desde sempre, pelos mais diversos grupos. A institucionalização da pilantragem, no entanto, deve ser creditada à companheirada.
     Trata-se de uma espécie de 'projeto de governo'. O desmonte da Petrobras é apenas o resultado de uma análise simples: era ali que estava o maior pote de ouro. Para aplainar o caminho até as riquezas, o projeto petista executou com maestria o mais completo e vergonhoso processo de aparelhamento da nossa mais empresa. Pessoas certas nos lugares exatos. E, a partir daí, os cofres estavam abertos.
     Se não fosse o imponderável, seguiríamos nessa toada de mentiras que é empurrada goela abaixo da população por um governo desastroso, corrupto, populista, mentiroso. Esse imponderável tem nome e sobrenome: Paulo Roberto Costa. Em 2005, foi Roberto Jefferson, o denunciante do esquema de compra e venda de partidos que ficou conhecido como Mensalão.
     Mas ainda pode ficar pior - e retomo o sentida da primeira frase desse texto. O projeto de poder vai além do roubo das riquezas nacionais: pretende assaltar nossa dignidade como Nação, ocupando todos os espaços. Não se contenta, 'apenas', com o Executivo e o Legislativo. Quer o Judiciário, aquele que pode coonestar a indignidade.
     O alvo maior é o Supremo Tribunal Federal, ameaçado, agora, de ter, entre seus membros, o atual ministro da Justiça, José Eduardo Cardoso, um dos mais medíocres e despreparados de todos os tempos, um simples militante partidário. Já imaginaram? Podemos ter Lewandowsky, Dias Toffoli e Cardoso sob o mesmo teto, julgando a bandidagem governamental.
     O País não merece.
   

Nenhum comentário:

Postar um comentário