sexta-feira, 22 de agosto de 2014

Um prêmio à delação

     Duas manchetes do Estadão on line (não é da Veja!!!) devem estar deixando a companheirada alucinada. Na principal, a notícia de que o ex-diretor da Petrobras, Paulo Roberto Costa, estaria decidido a contar tudo o que sabe, em troca de benefícios – a tal delação premiada que, nos Estados Unidos, por exemplo, levou quadrilheiros de todos os portes para a cadeia.
     O outro destaque remete ao depoimento de um advogado apontado como’ laranja’ do doleiro Alberto Youssef, aquele que, segundo a Polícia Federal, ajudou a azeitar as engrenagens do Mensalão do Governo Lula, com a bagatela de R$1, 16 milhão. Segundo ele, um dos seus “contatos” era justamente o secretário nacional de Finanças do (adivinhem!!!) ... PT, é claro, João Vaccari Neto.
     Duas notícias que se complementam e que retratam à perfeição o estilo de trabalho empregado nos últimos doze anos dessa lastimável ‘Era Lula’, recheada de escândalos públicos e privados e crimes contra o patrimônio. Tudo em nome de um deplorável projeto destinado a estabelecer um esquema de poder atrelado ao mais vulgar populismo, que perpetua a ignorância e estreita os laços de servilismo que imaginávamos – há 20 anos – extirpados da vida nacional.

     São notícias capazes de provocar não apenas mudanças no quadro eleitoral – preocupação menos. Mas fortes o suficiente para mobilizar novamente a Nação, como aconteceu no julgamento do Mensalão. Afinal, ninguém melhor do que bandidos para revelarem segredos de outros bandidos.
     A temer, apenas, que, alertados da ameaça iminente, os chefões do crime institucionalizado consigam se mobilizar para calar seus acusadores.

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