segunda-feira, 21 de julho de 2014

Um personagem deletério

     Eu estava quase resignado a manter o ‘silêncio sabático’ a que me impus, resultado de um misto de desencantamento com a política, uma das minhas paixões, e a necessidade de dedicar o maior tempo possível à leitura de textos obrigatórios nesse meu prazeroso retorno à vida acadêmica. Resisti o quanto pude a alguns ímpetos de retomar o Blog. Ainda não sei se vou conseguir manter o ritmo dos anos anteriores. Mas não consegui vencer a compulsão de voltar a um dos meus temas prediletos – o ex-presidente Lula, o maior estelionatário ideológico da história brasileira, em todos os tempos, em todas as áreas.
     É verdade que quase tudo o que se poderia dizer sobre esse personagem deletério está na coluna do jornalista Ricardo Noblat, no Globo de hoje. Muita coisa já foi escrita aqui mesmo, ao longo de vários meses. Venho notando, gradativamente, no entanto, que começa a surgir, com algum vigor, a consciência do enorme mal que o ex-presidente representa para a nacionalidade, para nossas instituições, para o apuro da dignidade, do decoro.
     Há algum tempo, tomei a liberdade de fazer um diagnóstico do ex-presidente. Não tenho a menor dúvida que Lula desenvolveu uma psicopatia, representada pela ausência absoluta de superego, fundamental na formação da consciência moral. As explicações podem ser encontradas na sua infância e juventude, na ausência do exemplo paterno.
     Alguém com um mínimo de atributos morais relutaria em mentir, deturpar fatos, criar outros, inverter a realidade e subverter a verdade com tamanha desfaçatez. Tudo com um objetivo apenas: protagonizar. A catastrófica – e inacreditavelmente perdoada - participação no Mensalão, o maior escândalo da história brasileira, apenas exteriorizou sua ausência de limites, sua extrema capacidade de manipular fatos e multidões estupidificadas.
     Como Ricardo Noblat lembrou hoje, Lula estava no cerne de todo o esquema montado pelo PT para extorquir os cofres nacionais em benefício de um projeto de poder idealizado por seus – dele, Lula – criadores, os teóricos do partido que surgiu anunciando-se como o messias da tão sonhada dignidade nacional e que, hoje, é o símbolo da corrupção, das vigarices, das obras superfaturadas.
     Lula mentiu quando seu Mensalão foi descoberto; mentiu quando disse que nada sabia; mentiu ao pedir desculpas à Nação; mentiu ao desdizer tudo que havia dito. Continuou mentindo e distorcendo fatos quando seus asseclas foram pegos produzindo dossiês falsos contra adversários; quando seus companheiros foram descobertos com dólares na cueca. É verdade que não mentiu recentemente, quando descobriu-se a relação espúria (por ser bancada com dinheiro público) que mantinha com a ex-chefe de gabinete da Presidência da República em São Paulo, a senhora Rosemary Nóvoa.
     Não mentiu porque se omitiu, calou, fugiu de todo contato direto com jornalistas que não fazem parte do grupo que viceja às custas de recursos públicos; que são incapazes de questioná-lo, por exemplo, sobre os conchavos com o que há de pior na política.
     Seus comentários sobre tudo e todos são abjetos, rancorosos, reducionistas, medíocres, destinados a agradar parcelas menos informadas e/ou ignorantes, como ele, o mais medíocre presidente de toda a nossa vida republicana.

     O mal que Lula vem fazendo ao País ainda não devidamente mensurado. Os efeitos dessa era deplorável vão ser sentidos por muito tempo ainda. Mesmo que o País consiga interromper essa sequência de governos descompromissados com a ética.

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