Eu estava quase resignado a manter o ‘silêncio sabático’ a
que me impus, resultado de um misto de desencantamento com a política, uma das
minhas paixões, e a necessidade de dedicar o maior tempo possível à leitura de
textos obrigatórios nesse meu prazeroso retorno à vida acadêmica. Resisti o
quanto pude a alguns ímpetos de retomar o Blog. Ainda não sei se vou conseguir
manter o ritmo dos anos anteriores. Mas não consegui vencer a compulsão de
voltar a um dos meus temas prediletos – o ex-presidente Lula, o maior
estelionatário ideológico da história brasileira, em todos os tempos, em todas
as áreas.
É verdade que quase tudo o que se poderia dizer sobre esse personagem deletério está na coluna do jornalista Ricardo Noblat, no Globo de hoje. Muita coisa já foi
escrita aqui mesmo, ao longo de vários meses. Venho notando, gradativamente, no entanto, que começa a surgir, com algum vigor, a consciência do enorme mal que o
ex-presidente representa para a nacionalidade, para nossas instituições, para o
apuro da dignidade, do decoro.
Há algum tempo, tomei a liberdade de fazer um diagnóstico
do ex-presidente. Não tenho a menor dúvida que Lula desenvolveu uma psicopatia,
representada pela ausência absoluta de superego, fundamental na formação da consciência
moral. As explicações podem ser encontradas na sua infância e juventude, na
ausência do exemplo paterno.
Alguém com um mínimo de atributos morais relutaria em
mentir, deturpar fatos, criar outros, inverter a realidade e subverter a
verdade com tamanha desfaçatez. Tudo com um objetivo apenas: protagonizar. A catastrófica – e inacreditavelmente
perdoada - participação no Mensalão, o maior escândalo da história brasileira,
apenas exteriorizou sua ausência de limites, sua extrema capacidade de
manipular fatos e multidões estupidificadas.
Como Ricardo Noblat lembrou hoje, Lula estava no cerne de
todo o esquema montado pelo PT para extorquir os cofres nacionais em benefício
de um projeto de poder idealizado por seus – dele, Lula – criadores, os
teóricos do partido que surgiu anunciando-se como o messias da tão sonhada dignidade
nacional e que, hoje, é o símbolo da corrupção, das vigarices, das obras superfaturadas.
Lula mentiu quando seu Mensalão foi descoberto; mentiu
quando disse que nada sabia; mentiu ao pedir desculpas à Nação; mentiu ao
desdizer tudo que havia dito. Continuou mentindo e distorcendo fatos quando
seus asseclas foram pegos produzindo dossiês falsos contra adversários; quando
seus companheiros foram descobertos com dólares na cueca. É verdade que não
mentiu recentemente, quando descobriu-se a relação espúria (por ser bancada com
dinheiro público) que mantinha com a ex-chefe de gabinete da Presidência da República
em São Paulo, a senhora Rosemary Nóvoa.
Não mentiu porque se omitiu, calou, fugiu de todo contato
direto com jornalistas que não fazem parte do grupo que viceja às custas de
recursos públicos; que são incapazes de questioná-lo, por exemplo, sobre os
conchavos com o que há de pior na política.
Seus comentários sobre tudo e todos são abjetos, rancorosos,
reducionistas, medíocres, destinados a agradar parcelas menos informadas e/ou
ignorantes, como ele, o mais medíocre presidente de toda a nossa vida republicana.
O mal que Lula vem fazendo ao País ainda não devidamente
mensurado. Os efeitos dessa era deplorável vão ser sentidos por muito tempo
ainda. Mesmo que o País consiga interromper essa sequência de governos descompromissados
com a ética.
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