Não há análise, ponderação, equanimidade. Assistimos, sim, ao massacre de Israel,
condenado a ser devastado por foguetes lançados por terroristas e atingido por fanatizados
homens-bomba, sem que tenha o direito de se defender. É evidente que prevalece,
em qualquer pessoa com um mínimo de sentimento, uma enorme dor ao deparar com
cenas chocantes de crianças mortas na Faixa de Gaza.
Lamento, profundamente, no entanto, que essa emoção não seja
compartilhada justamente por aqueles que usam inocentes não apenas com escudos
humanos – como fazem sistematicamente os terroristas do Hamas -, mas como peças
de propaganda. Quanto mais cadáveres, melhor para sua pregação, para sua
obsessiva luta para destruir Israel, em especial, e os demais infiéis, em geral.
A argumentação do uso excessivo de força por parte dos
israelenses não se sustenta. Ao contrário do que afirmam seus detratores, a
resposta é razoavelmente proporcional à sua força. Na verdade, é inferior. Gaza
poderia ser simplesmente varrida do mapa, se assim Israel desejasse. Não tenho
dúvida alguma em afirmar que, se tivessem a oportunidade de usar armas mais destrutivas,
os terroristas do Hamas certamente já teriam eliminado Israel por completo.
Os recentes incidentes, que já provocaram a morte de
centenas de pessoas – grande parte civis -, foram uma resposta ao ataque
sistemático proveniente de Gaza. É impossível exigir-se de uma nação que aceite
resignadamente ser atingida por dezenas de foguetes, diariamente. Há um limite,
e esse limite chegou, infelizmente.
Os terroristas do Hamas tiveram a oportunidade, há alguns
dias, de interromper a mortandade, mas não atenderam ao cessar-fogo proposto
por nações negociadoras e aceito por Israel. Mantiveram os ataques, apostando
no acirramento do conflito e no aumento do número de mortes de ‘civis inocentes’,
sua grande arma de propaganda.
Açodadamente, como sempre, nosso governo tomou partido de um
dos lados, convocando o embaixador brasileiro. A resposta israelense foi
rápida: um dos funcionários do Ministério do Exterior classificou o Brasil de “anão
diplomático”, exatamente no que fomos transformados nos últimos doze anos, ao
longo dos quais nos aliamos sistematicamente o que há de mais deletério no mundo
(Venezuela, Cuba, Irã, Coreia do Norte, ditaduras assassinas africanas e
assemelhados).
Ignora-se, por conveniência - e por um assustador
antissemitismo!!! -, que os terroristas do Hamas não contam, sequer, com o apoio formal
de seus vizinhos egípcios e jordanianos, que vêm mantendo uma trégua respeitosa com
Israel.
O que está em jogo, nessa região tão conturbada, não é o
direito inalienável à autodeterminação de um povo, o palestino. Mas o direito
de outros povos sobreviverem sem o medo de que um foguete caia sobre suas
cabeças.
Nenhum comentário:
Postar um comentário